COTIDIANO
Rio em Toledo fica com águas avermelhadas e IAT é mobilizado
A causa do fenômeno foi o despejo de um produto conhecido como fumaça líquida, utilizado para dar coloração avermelhada a alimentos defumados. O proprietário da empresa responsável pelo despejo do material será multado
Paraná
infração ambiental |
03/10/2024 17h02
Na manhã desta quinta-feira (03), os moradores de Toledo foram surpreendidos por uma cena incomum nas águas do Rio Toledo, próximo à Avenida Maripá e Rua Garibaldi, que abrange regiões como Vila Pioneiro, Jardim Europa e Vila Paulista.
A água apresenta uma coloração avermelhada intensa, gerando preocupação e curiosidade entre a população local. Rapidamente, imagens do fenômeno começaram a circular nas redes sociais, amplificando as dúvidas sobre a origem da coloração anormal.
O Instituto Água e Terra (IAT), órgão responsável pela proteção ambiental no Paraná, foi acionado para investigar o incidente. De acordo com informações do instituto, analistas foram ao local e coletaram amostras da água para identificar a origem da alteração e avaliar possíveis impactos ambientais. A preocupação inicial girava em torno da contaminação da fauna e do abastecimento de água, mas análises preliminares indicam que a substância lançada no rio não traz grande risco à saúde pública.
A investigação revelou que a causa do fenômeno foi o despejo de um produto conhecido como "fumaça líquida", utilizado para dar coloração avermelhada a alimentos defumados, como salames e outros embutidos. O produto, de uso comum na indústria alimentícia, não é altamente tóxico, mas em concentrações elevadas pode causar alterações. No entanto, neste caso, a quantidade lançada foi pequena. Mesmo assim, por ser um corante muito forte, o impacto visual foi bastante evidente, tornando a coloração das águas do rio bastante chamativa.
O responsável pelo despejo do produto em uma galeria pluvial já foi identificado e notificado pelas autoridades competentes. O IAT informou que as medidas administrativas cabíveis serão adotadas, e o órgão continuará monitorando o local para avaliar possíveis danos à fauna. A princípio, não há necessidade de interromper a captação pública de água, uma vez que o despejo ocorreu em um ponto abaixo das áreas de captação.
Ainda conforme o IAT, o proprietário da empresa responsável pelo despejo do material no rio será multado, no entanto o valor da multa só será definido após o final das análises e do cálculo do impacto ambiental do ocorrido.
O incidente levanta discussões sobre o descarte inadequado de substâncias, mesmo aquelas que não são altamente tóxicas, e reforça a importância da conscientização ambiental para evitar danos maiores ao ecossistema local.
Com informações de Toledo News