POLICIAL

Ministério Público denuncia por homicídio madrasta de menina que morreu afogada após cair em máquina de lavar roupa, em Cascavel

Conforme o MP-PR, a mulher cometeu o crime por sentir ciúmes do pai da criança e acreditava que ela estava prejudicando o relacionamento entre os dois. A menina de três anos morreu em maio de 2022

Paraná
Homicídio | 28/01/2025 14h38

Imagem que consta no inquérito mostra cenário onde menina foi encontrada morta (Foto: Reprodução RPC )

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou por homicídio a madrasta de uma menina de três anos que morreu afogada após cair dentro de uma máquina de lavar roupas em Cascavel, no oeste do estado. No entendimento do órgão, a mulher cometeu o crime por sentir ciúmes do pai da criança e acreditava que ela estava prejudicando o relacionamento entre os dois.

A menina morreu no dia 7 de maio de 2022. Na época, a Polícia Militar informou que a foi a própria madrasta que encontrou a criança dentro do eletrodoméstico e chamou por socorro.

Contudo, segundo a denúncia do MP-PR, a própria mulher teria colocado a menina em um banco de plástico em frente a máquina de lavar roupas. A criança foi deixada sozinha enquanto brincava com alguns brinquedos dentro do eletrodoméstico cheio de água.

“A denunciada tinha plena consciência do risco ocasionado por suas condutas e assumiu o risco de ocasionar a queda da vítima no interior da máquina de lavar roupas e seu afogamento”, alegou a 17ª Promotoria de Justiça de Cascavel. O órgão elenca quatro fatos considerados na denúncia:

- Colocou um banco de plástico em frente da máquina de lavar roupas que estava cheia de água;

- Depositou alguns brinquedos da criança dentro do referido eletrodoméstico;

- Colocou Isabelly sobre o banco para que ela brincasse com os objetos que estavam na água;

- Saiu do local (lavanderia do imóvel), deixando a vítima sozinha e sem supervisão por tempo suficiente para que o evento morte ocorresse.

De acordo com a denúncia, o crime foi motivado por ciúmes e sentimento de posse da madrasta em relação ao pai da criança. Isso porque a mulher acreditava que a menina estava prejudicando o relacionamento entre os dois, por causa da proximidade dele com a mãe da criança, segundo o MP-PR.

Após o término das investigações, ainda foi possível concluir que a criança morreu por asfixia mecânica interna.

O MP-PR afirma que a denúncia contra a mulher possui agravantes, como motivo torpe, emprego de asfixia e violência doméstica e familiar.

Com informações de G1 Paraná


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